A Rússia se absteve da votação, enquanto os 14 membros restantes do órgão votaram a favor. Os EUA finalizaram o documento no domingo (9) após seis dias de negociações entre os integrantes.
Biden apresentou um plano de cessar-fogo de três fases em 31 de maio, o que ele descreveu como uma iniciativa israelense. Alguns membros do Conselho de Segurança questionaram se Israel havia aceitado o plano para encerrar os combates em Gaza.
A resolução acolhe a nova proposta de cessar-fogo, “que Israel aceitou, apela ao Hamas para que também a aceite e insta ambas as partes a implementarem integralmente seus termos sem demora e sem condições”.
“Estamos esperando o Hamas concordar com o acordo de cessar-fogo que ele alega querer”, disse a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, ao conselho antes da votação.
“A cada dia que passa, o sofrimento desnecessário continua”, adicionou.
A resolução também detalha a proposta e esclarece que “se as negociações levarem mais de seis semanas para a fase um, o cessar-fogo continuará enquanto as negociações continuarem”.
O conselho da ONU exigiu em março um cessar-fogo imediato e a libertação incondicional de todos os reféns mantidos pelo Hamas.
Por meses, negociadores dos EUA, Egito e Catar têm tentado mediar um cessar-fogo. O Hamas diz que quer um fim permanente para a guerra na Faixa de Gaza e a retirada israelense do território palestino, que abriga 2,3 milhões de pessoas.
Israel está atacando o Hamas, que governa Gaza, por um ataque de 7 de outubro. Mais de 1.200 pessoas foram mortas e mais de 250 foram feitas reféns pelo Hamas na data, de acordo com contagens israelenses. Acredita-se que mais de 100 reféns permaneçam detidos em Gaza.
Israel lançou ataque aéreo, terrestre e marítimo ao território palestino, matando mais de 36 mil pessoas, de acordo com autoridades de saúde de Gaza.