A trajetória de quem escolhe o esporte como meta de vida não é simples. Especialmente no começo, quando a fama ainda não existe, e o apoio de patrocinadores é algo muitas vezes raro. Em Paris, medalhistas olímpicos ressaltam a importância do Bolsa Atleta durante a preparação para as Olimpíadas e também quando, ainda desconhecidos do grande público, começaram a trilhar esse caminho.
Rayssa Leal, a Fadinha do Skate, conquistou a medalha de bronze do skate street, a segunda em Jogos Olímpicos – ela foi prata em Tóquio, quando tinha apenas 13 anos. Ela recebe o Bolsa Atleta do Governo Federal desde 2022. Hoje ela faz parte da categoria Atleta Pódio, a que oferece mais aporte de recursos dentro do programa.
Para Fadinha, a modalidade hoje em dia se tornou algo muito caro. “O Bolsa Atleta ajuda bastante, principalmente a quem não tem patrocínio, a comprar um skate, e também ajuda no bom desempenho nos campeonatos. No início, me ajudou bastante, mesmo, e ajudou muito minha família, a melhorar tudo isso”, lembra.
A disputa do skate olímpico funciona da seguinte forma: as competidoras correm duas voltas de 45 minutos e apenas a mais alta conta; depois, são cinco tentativas de manobras, das quais são validadas as duas mais altas. Na última tentativa, Rayssa chamou a torcida, que gritou enlouquecidamente e a viu deslizar pelo corrimão, após um flip, para obter 88,33. Assim, subiu para terceiro lugar e de lá não foi mais retirada.
“Quero muito estar nas próximas Olimpíadas, quero muito fazer história pro Brasil, junto com muitas skatistas. Essa é a minha meta, a de continuar fazendo história”, assinala Rayssa. E o Bolsa Atleta, certamente, continuará ajudando a escrever a história da skatista e de tantos outros medalhistas olímpicos.
Um dos maiores programas de patrocínio individual de atletas no mundo, o Bolsa Atleta, de 2005, quando foi criado, até junho de 2024, já investiu R$ 1,77 bilhão em seu público. Desde sua criação, 37.595 atletas já foram beneficiados, e 105 mil bolsas foram concedidas.
O programa garante condições mínimas para que o público beneficiário – atletas de alto desempenho que obtêm bons resultados em competições nacionais e internacionais de sua modalidade – se dedique, com exclusividade e tranquilidade, ao treinamento e a competições locais, sul-americanas, pan-americanas, mundiais, olímpicas e paralímpicas.
Por: Ministério do Esporte