“Eu quero lembrar que este processo atual tem entre as principais peças a delação do ex-ajudante de ordens do presidente Bolsonaro Mauro Cid. De uma forma muito enfática o ministro Alexandre de Moraes alega que ele estaria sendo monitorado e que ele seria ao final aprisionado, caso houvesse o pretenso golpe de Estado. Qualquer estudante de Direito sabe que quem é vítima não pode investigar, não tem imparcialidade, não tem isenção pra estar à frente de um inquérito”, alegou Rogério Marinho.
Após a operação batizada de “Tempus Veritatis”, Marinho e outros parlamentares da oposição se reuniram no Senado para discutirem os efeitos da investigação sobre o ex-presidente. “Que nós tenhamos um processo isento. É importante colocar que ninguém está acima da lei. Nem eu, nem os senadores que aqui estão presentes, nem o presidente Lula, nem o ex-presidente Bolsonaro. Nem tão pouco o ministro Alexandre de Moraes”, disse.
“Não é possível nós assistirmos uma investigação em que claramente aquele que é vítima, a pretensa vítima dessa ação, é quem conduz o inquérito”, completou o líder da oposição.
Como noticiamos, Bolsonaro teria recebido a chamada minuta do golpe com pedidos de prisão contra Moraes, do também ministro Gilmar Mendes e do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Segundo a PF, o documento foi elaborado por Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, e pelo advogado Amauri Feres Saad.